sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

resumo do dia: tédio do mundo

só a física parece nova e desfiadora.

Todo o resto é entediante, repetitivo e fácil. Só a física me parece de díficil compreensão.

Pelo menos eu acho, do alto de minha insignificância jovem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

nem minha própria solidão, nem meus próprios drama, nem meu próprio eu me tocam.

CONTINUO FRIO E SECO

parece tudo uma grande brincadeira, e a qualquer momento pareço conseguir cair na gargalhada de tamanha besteira
Voltei da viagem.
Rodei um pouco pelo mundo de mochila nas costas. A viagem foi bem diferente do que eu imaginava. Pensei que seria algo valioso, que conheceria novas coisas e que o mundo me impressionaria. Jurava que o mundo era algo belo e que ele só me pareceria simples e roto enquanto eu vivesse enclausurado em minha rotina.
Me enganei.
Talvez seja obra do acaso que fez com que tudo se tornasse tão próximo de minhas experiências cotidianas. Só sei que o que sinto é que nada há de novo. Nada que me impressionasse ou me fizesse sentir medo. Sempre a minha mesma crueza de sentimento.
Eu temo isso. Por mais que me esforce, por mais que viva e tente me renovar, sempre me sinto o mesmo eu. Absorto numa insensibilidade nua, com meu coração de pedra que por nada se abala.
Mas o que faço então?
Será que não haverá nada que me traga o fôlego? Será que não haverá nada que me fará me sentir único? Quanto mais vivo, mas sinto que não há nada de especial em mim nem no mundo. Vivi as mesmas conversas nos mesmos lugares com as mesmas pessoas. E eu, sempre o mesmo. Será?
Percebo que o mundo é só uma incrível repetição de valores, onde até aqueles que os transviam são como feitos bonecos em uma linha de produção.

Posso ser físico, bailarino, filósofo, humanista, anarquista, engenheiro, ou tudo isso de uma vez. Ainda sim serei humano, e serei reduzido à minha insignificância pueril.

Paro por aqui, depois de muito choro

Rodrigo
Vivendo epifanias em busca de uma singularidade

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Inauguração

Pois é

Tava na hora de começar.

Desde muito tenho me perdido nos pensamentos e pensado que seria bom registrá-los. Minha memória não é boa. Nunca foi. Mas o que interessa?
O importante no momento é o registro. Não para ninguém. Para mim. Tanto que olha o tamanho do link desse blog. Quero ver alguém conseguir digitar sem errar de primeira. hahahah

Tenho pensado muito. Sempre pensei. Mas sempre me passaram. Hoje vi mais um filme destes que tratam de questões sociais. Era sobre a operação mata-mendigos. Um absurdo. Mas você quer o pior: não me senti muito abalado. Sei lá.
Cansei de pensar sobre isso. Todos os valores tão errados e todos sabemos disso. Mas persistimos nos erros. É muito belo tudo isso que eu faço enquanto humanista, apesar da insegurança. Sempre me questiono o quanto o ser humano merece. Mas ao mesmo tempo sempre me indigno com a situação do mundo.
Um dia, num destes encontros semestrais do então conselho 136, lá em curitiba, indaguei as pessoas exatamente sobre o quanto o ser humano merece. Afinal, vejo tanta maldade, tanta vida que não pode mais ser regenerada em valores - pelo menos aos meus olhos. Então, uma menina me respondeu. Ela me disse que ela também não sabe o quanto o ser humano merece, mas ela sabe que ela merece ver um mundo melhor. Que ela merece não sofrer mais essa indignação constante e que ela quer sim que o mundo seja melhor, independente do que os outros queiram. Interessante modo de pensar. Admito que na hora senti como se a voz no meu interior tivesse falado pela voz dela.

Mas chega, por hoje. Não quero me prolongar. O dia foi ótimo, com uma ótima companhia. Tudo que quero agora é ler um bom livro e ir dormir, depois de me alienar um pouco nos joguinhos do facebook, é claro.

E não se esqueça a lição de moral que se tira de hoje: O Grupo de Lorentz é sempre homeomorfo à duas hipérboles.