terça-feira, 12 de outubro de 2010

Confissão de um dia qualquer

Confesso!

Sou antiquado! Sou velho de espírito e não consigo me atualizar!
Até fiz o tal do Twitter para entrar na vibe (será uma gíria de velho também?), mas não deu.
Um absurdo como o nosso mundo vive num surto de evolução temporal. Não se vive mais o hoje, as pessoas já estão vivendo o amanhã, se não o depois de amanhã. Pois eu não... eu vivo o ontem.
Fico sempre com aquele gostinho nostálgico de quero-mais. Sempre lendo, vendo, ouvindo e até vivendo coisas de antes mesmo de eu nascer.

Para mim o tempo não tem tanta importância. Não sei se é um defeito ou uma qualidade, mas meu espírito é completamente atemporal. Sinto que às vezes o tempo é simplesmente uma questão de ordenação de eventos e de organização de necessidades. Como as minhas são completamente caóticas, tendo a me esquecer da temporalidade.

Aldous Huxley (sim, o do admirável mundo novo) disse uma vez que a temporalidade é completamente superficial quando se vive a desindividualização que pode ser uma simples cadeira. Fantástico! Incrível como me sinto extremamente contemplado com a passagem anterior. O único problema é que ele disse isso quando estava sob efeito de Mescalina...

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Em homenagem a esta tendência atemporal, posto aqui uma tela de um pintor fantástico (viva a evolução e o acesso a informação da internet não? hahaha): Paul Cézanne.

Me desculpem os especialistas que discordam, mas Cézanne conseguia pintar cenas de uma forma que mostra como o tempo pode ser desnecessário. Nessa tela abaixo da para ver como pode-se viver o belo sem se pensar em quando ele acontece e se preocupando só em que estado ele É.





terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sobre a juventude

Neste vórtice chamado juventude. Que tantos poemas já gerou.

Desse ser por que é agora a nossa hora.

Agora o nosso futuro ainda é maior que nosso passado.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Oras

Começando novamente aquilo outrora inacabado,
Penso que talvez, fosse melhor não ter começado
Afinal, a incompletude é algo peculiar
Ao mesmo tempo que gera-nos uma sensação de desconforto extremo
Uma angústia
E atua em nós quase como
Um DISPARATE ao já confuso caos da mente humana,
Ela também instiga nosso senso imaginativo, forçando-nos a redigir em nossa mente diversos finais à história inacabada.

Questiono-me, então, o que será menos pior?

Viver o não-vivido no mundo do imaginário,
junto com a perturbação asquerosa da ordem
ou ter tudo bem determinado, vivendo o certo,
mas não menos perigoso,
sentimento de TUDO ACABADO!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Nada vai mudar

Meu amor partiu
Cansou dos meu vicio
E mesmo que amanhã ele volte com outro feitiço
Hoje o meu amor partiu e nada vai
Nada vai mudar isto

Nada vai mudar minha cama grudada em mim
Nem meu rosto inchado de mágoa
O sol se escondeu lá fora atrás de uma nuvem de água
Nas paredes nossa história
E no teto a minha tela de cinema
Nela eu ainda vejo nossa esgrima de língua
Nossos lares, nossa antena
Meu amor se expulsou de mim
Cansou dos meus vícios
E mesmo que amanhã ele volte com outro feitiço
Hoje meu amor partiu e nada vai mudar isto

domingo, 11 de julho de 2010

Dependendo da ocasião...

Nada melhor do que uma bela peça de teatro num domingo à noite.

Pois hoje eu vi uma baseada nas peças de Nelson Rodrigues - Bravíssimo!

Uma peça bem interessante, com todos os aspectos rodrigueanos.

A peça fala sobre uma briga entre duas ideologias. De um lado, a grã-fina com narinas de cadáver, que não acredita no Brasil e tem vergonha de ser deste 'país de 5ª ordem'.
Do outro, a vizinha gorda e cheia de varizes, recheada de sentimentos em toda sua adiposidade.

No meio, temos o brasileiro anti-narciso, que cospe na própria imagem e tem sempre que ser humilde.

Um texto muito interessante de Ricardo Guilherme, um dramaturgo cearense muito doido.
Recomendo.

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Aproveitando a oportunidade, lembro um grande ditado popular que diz que
A ocasião faz o ladrão.

E por que não roubar umas imagens do mundo também? Aí vão duas imagens muito legais que tirei hoje.





Ficaram meio diabólicas. Foram tiradas num lugar que parece muito um cenário de filme de terror: O museu da Caixa! hahaha

E acabo esta postagem, usando todos os sinais que me são dados, pois hoje me foram o suficiente
!?.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

postando só para marcar a data em que terminou

(15/06/2009 - 25/06/2010)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Manga

Ai que triste

Hoje vim para casa jurando que ia poder postar algo de feliz. Talvez a primeira coisa boa no blog rs...

Tenho estado de ótimo humor essa semana. Apesar das dificuldades, tenho conseguido conviver com elas. Noite passada consegui uma façanha, por sinal: me venci! Apesar de muito cansaço, tédio, uma sensação de incompletude (aquela, de sempre) e todo o pesar duma vivência sem muito sentido, consegui terminar minhas obrigações. Claro, que tudo nessa vida tem seu preço. Eu consegui me livrar de todos estes sentimento, mas, do mesmo jeito que o tratamento de uma doença acaba danificando todo o sistema do ser, eu me livrei de todos os sentimentos.
Deixe-me explicar melhor.
Era como se não houvesse eu. Como se tudo que existisse ali fosse uma massa. Principalmente massa cinzenta, uma massa sem vida, mas que, mecanicamente, consegue dar conta de todo o seu trabalho. Consegue aquilo que um ser humano normal não conseguiria. Não reclama, mas também não pensa. Não se entristece, mas também não se sente feliz. Não se emociona, mas também não vive.

E assim tenho passado. Literalmente passado. Sem acrescentar nada a ninguém. Assim, como aquele amarelo manga a la Claudio Assis que eu nunca havia entendido e jurava que era puramente comercial. O amarelo sem gosto nem cheiro. Sem forma nem... continuação.


E paro por aqui. E vou mais uma vez dormir nesta cidade que parou de viver.